quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

EU SOU ÁGUIA! (por Bianka Luz)


Vôo pra longe de mim, procuro um lugar secreto, eu não o conheço busco... Aquieto-me num canto em mim, preciso de um lugar seguro... Na mais alta rocha do meu ser, permaneço agora minha, Protegida, bato com força meu bico velho, meus versos, meus amores, liberto-me... Confusa de tudo aguardo... Cresço refaço-me, preciso continuar... Não sei se posso abandonar-me... Rogo a Deus que não desampare-me, prossigo... Com meu novo bico, meus poemas não escritos, amores não vividos arranco uma a uma dor que existe em minha alma são garras sem valor sem nada... Meu sangue derrama-se vagarosamente sobre minha dor, sinto tanta amargura que finjo está morta, meu corpo clama por alma e, eu não a tenho... Ainda fraca sem vida, Rogo a Deus que não desampare-me, espero... Quase liberta, mas, ainda coberta de enganos arranco minhas penas uma a uma, não posso livrar-me de tudo preciso deixar algo, devo favorecer meus enganos inocentes, inconsequentes, ainda sou ser, preciso viver com algumas sombras do passado. Apago-me por inteiro... Espera... Livre de mim busco-me, vôo alto deixo-me ser levada pelo vento, abro as asas da vida, avanço firme, forte, outra e sempre a mesma, recomeço tudo outra vez.

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